Entender os fatores que levam à osteonecrose é compreender por que alguns segmentos de ossos perdem suprimento sanguíneo, causando a morte daquela região.
Geralmente, essa condição é chamada de necrose avascular ou asséptica, causando um tipo de infarto com diversos sintomas característicos. Pensando nisso, nesse post você vai entender melhor essa condição e conferir todos os detalhes das causas, sinais e tratamento.
O que é a necrose avascular
Primeiramente, a necrose avascular é reversível se o paciente inicia o tratamento precocemente. Ou seja, é indispensável observar os sintomas e procurar auxílio médico.
Com isso em mente, vou lhe explicar melhor como tudo isso acontece.
Então, ao contrário do que muitos acreditam os ossos são tecidos vivos. Logo, precisam de suprimentos sanguíneos para ficarem vivos. Quando não o recebem, todo o formato é comprometido, causando a morte naquele segmento.
Por essa condição, dizemos que o osso teve um infarto, decorrente da falta de sangue. Quando isso acontece, aquele segmento de osso provoca um mau funcionamento orgânico. A longo prazo, quando o não é realizado o tratamento adequado, pode ocorrer a destruição da articulação. Com isso, outra doença surge: a artrose.
Esse infarto ósseo pode ocorrer em qualquer segmento do corpo. Mas, os locais mais comuns são os quadris (cabeça do fêmur) e joelhos.
Sintomas
O principal desafio dessa condição é que, no início, os sintomas costumam não aparecer. Isso acontece por o sangue ser reduzido até ser totalmente cortado, bem como pelo comprometimento daquele osso.
Neste cenário, a principal sensação que é identificada é a dor ou desconforto. Além disso, o paciente começa a ter dificuldades para fazer atividades físicas ou diárias, como se abaixar para se sentar, deitar/levantar e assim por diante.
Desse modo, algo que antes era simples e “automático” começa a se tornar difícil ou doloroso.
Além disso, quando os ossos das pernas são afetados, é comum o surgimento de outros sintomas, como câimbras, fisgadas e dores mais intensas e contínuas. Geralmente, isso leva o paciente ao repouso, causando uma sensação de melhora.
Esse quadro é chamado de claudicação.
Fatores que levam à Osteonecrose
Diferentemente de outras doenças, a osteonecrose não é específica, mas um quadro clínico que se divide em duas
A primeira é a osteonecrose traumática, ou seja, decorrente de uma lesão. Essa também é a mais comum.
Na maioria dos casos, ocorre após o deslocamento de uma fratura, quando um osso se quebra em duas ou mais partes. Neste, esses pedaços de osso se movem, causando um desalinhamento. Esse tipo é comum no quadril, principalmente na terceira idade.
Em contraponto, o tipo traumático também ocorre devido a luxações, quando uma extremidade óssea se separa totalmente da articulação. Em ambos os casos, o fluxo de sangue é cortado, causando a morte daquele segmento ósseo.
Já a osteonecrose não traumática é aquela que ocorrem sem lesões diretas. Na maioria das vezes, decorrente de uma doença que obstrui os vasos responsáveis por abastecer os ossos. Nesse tipo, é comum a morte da cabeça femoral, joelho e do ombro.
Essa morte óssea ocorre com mais frequências nos homens e em indivíduos com mais de 30 anos. Além disso, duas causas estão ligadas a ela: consumo excessivo de álcool de forma crônica e uso prolongados em doses elevadas de corticosteroides.
Ainda que essas sejam as duas principais causas ou fatores que levam à osteonecrose, há outras possibilidades, consideradas mais raras pela medicina.
Dessa forma, é possível que o quadro seja decorrente de um distúrbio na coagulação do sangue, doenças de Gaulher e em pacientes com tumores e/ou que fizeram radioterapia.
Simultaneamente, as causas incluem a anemia falciforme, doença hepática, doença de descompressão e outros distúrbios (como Lúpus). Entretanto, em 20% dos casos, não acontece a identificação da causa da doença.
Osteonecrose espontânea do joelho
Dentro dessa condição, a ONJE é comum em mulheres após os 40 anos, mesmo sem qualquer fator de risco previamente identificado. Por isso, essa osteonecrose difere dos demais.
Segundo as pesquisas, essa condição espontânea pode ter uma ligação com fratura por insuficiência, ou seja, por um desgaste natural e, possivelmente, decorrente da osteoporose.
Neste quadro, é comum a ocorrência de dores súbitas na parte interna do joelho, sensibilidade na região e inchaço, além da retenção de líquidos no mesmo local. Além disso, sobrar o joelho pode se tornar doloroso, levando muitos pacientes a mancarem.
Importante
Há alguns fatores de risco que devem ser destacados, podendo desencadear a morte óssea. Como o Covid-19, alcoolismo, uso prolongado de corticoides, doença de Crohn, embolias, trombose e vasculite.
Se você se encaixa em qualquer um desses quadros, é importante fazer um monitoramento contínuo e conversar com o seu médico diante de qualquer sintoma.
Tratamento
O tratamento se inicia após o diagnóstico, feito com base nos sintomas e avaliação geral, como esforço físico e exames. Como ressonâncias e radiografias.
Assim, o primeiro passo são as medidas de controle para alívio dos sintomas, como repouso, fisioterapia e medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios. Quando esses não surtem o efeito esperado, o profissional pode recorrer a cirurgias.
Essas cirurgias visam fazer a descompressão do núcleo, enxertos ou a osteotomia, por exemplo.
Porém, o seu caso deve ser analisado de forma completa, também para eliminar o que pode estar causando a insuficiência no fluxo de sangue.
Quando em pacientes jovens, os tratamentos cirúrgicos costumam ter bons resultados, sendo necessária a revisão futura. Como nos casos de substituição total da articulação.
Aqui é válido dizer que o tratamento e as avaliações devem ter total comprometimento do paciente. Tanto para evitar novos quadros, quanto para reduzir as cores e chances de colapsos articulares ou necrose avascular secundária.
Logo, além de todos os medicamentos, é indispensável seguir com a fisioterapia para fortalecimento e redução e dores, melhora na postura e demais.
No geral, não é uma condição que pode ser evitada, já que ocorre por outras questões que, nem sempre, poderiam ser previstas. Além de muitos casos não terem uma causa específica.
Enfim, se tiver quaisquer sintomas ou quadros que possam desencadear a osteonecrose, consulte um especialista e faça todos os exames.